sábado, 23 de junho de 2012

O mundo nas costas

Ela era uma garota anônima qualquer, não sei se enquadrava em mulher ou menina. talvez, menina-mulher.
A vida exigia dela ser mulher, mas ela tantas vezes queria ser menina. Ela era metal sob o sopro do dragão, mas era tão sem graça, tão sem sal e tão morta aos olhos dos outros...
Era tão obediente que não questionava nada, "se era assim, é porque tinha que ser". Ela não sabia o que estava fazendo, mas fazia. Ninguém apostava nela, às vezes, nem ela mesma.
Não era do tipo que chamava atenção, não era do tipo que despertava a simpatia dos outros, na verdade, nunca foi do tipo de garota que se enquadra em classificações.
Todo dia era uma luta. Mesmo invisível aos olhos de muitos, ela tinha que lutar. E só ela sabia como eram difíceis aquelas suas lutas diárias.
Em uma melancólica madrugada, aquela doce e amarga garota, que abaixava a cabeça para tudo, se revoltara. Logo aquela menina (ou mulher?) em quem ninguém apostabva suas fichas, se rebelou.
Nunca foi tão decidida.
Tomou o tal remédio.
Amargo.
E ao som de Legião Urbana,
uma última música.
Descansou.

Era menina.
Ela só tinha 14.
Agora, era Clarisse também.

2 comentários:

  1. Ooi primeira vez aqui e ja estou seguindo... Se vc puder segue os meus blogs? http://diversidades-deumaadolescente.blogspot.com/
    http://blog-da-tatu.blogspot.com/
    e
    http://perfect-girlforever.blogspot.com/ obrigadaa

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  2. Me emocionei muito com este texto.
    Por diversas vezes já pensei em fazer isto comigo, às vezes o mundo é pesado demais para carregarmos sozinhos.


    Estou voltando de pouquinho em pouquinho ao mundo blogueiro e encontrei seu blog nos comentários do meu antigo blog; Fiz um novo; Se puder. gostar e quiser, adoraria que me seguisse
    Beeeeijo flor!

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