A lembrança ocupava cada canto da casa, e preenchia cada pequeno espaço do quarto, e dos móveis. Às vezes se desprendia de si, e demorava se encontrar novamente. Sentia um aperto no peito, à procura de uma forma de reviver certas lembranças, mas sobretudo de lhe encontrar no meio de tantas lembranças. Se perdia em um canto qualquer da casa, às vezes na sala, fingindo assistir televisão, no quarto, se dizendo estudiosa, ou no banheiro, sob a gélida água do chuveiro. Se perdia, acompanhada pelas lembranças, que lhe fazia querer ficar sob o cobertor durante o dia, a semana e o mês inteiro, apenas com suas lembranças e seu amargo café com gosto de nostalgia.
Adorei muito esse blog! Você escreve muito bem, e com certeza vou sempre passar por aqui... Afinal, quando lemos e escrevemos aquilo que sentimos, tudo é melhor, né? :]
ResponderExcluirFicamos presos ao nosso passado, carregamos inconsciente, mágoas e ressentimentos de amores passados e trazemos todos os nossos problemas para o amor atual, não nos dando a chance de encontrar a verdadeira identidade da pessoa que está do nosso lado. E, assim, como antes, tudo acaba. E ficamos com a mesma sensação de que nada realmente foi vivido, compartilhado, trocado e aprendido com o nosso novo amor e sofremos... Cheios de razões, né?
ResponderExcluirQue texto mais incrível! Isso já aconteceu comigo,e você conseguiu descrever muito melhor do que eu poderia um dia! Eu espero que tudo melhore pra você, de verdade. Tu tem muito talento..
ResponderExcluirParabéns pelo blog, tá lindo mesmo!
Beijos, se puder, http://manuellabrg.blogspot.com/