"Aparentemente durona, mas é só fachada. Sempre fui sentimental"
Amargo(a), gélido(a), vazio(a). Não sei se era o dia, ou eu, mas estava assim. E lá estava eu jogada em um canto, esquecida, como roupa velha no fundo da gaveta. Com o olhar fixo em lugar nenhum, perdida entre as dúvidas e tremores, que o frio causava. Perdida entre sentimentos, emoções, idas e vindas. Era hora, já passava da hora de começar a filtrar as emoções e desocupar lugares, era hora de organizar as coisas ali dentro, como se faz no quarto em tarde de domingo. Penso sempre em desistir das pessoas, de você, de mim, às vezes canso dessa constante "batalha" mas aí vem o amor, vem Deus, vem algo que me faz querer continuar, que me revigora. Se tornou um ciclo vicioso, que não se quebra. Pensando melhor, deixo essa faxina para a tarde de domingo, hoje ainda é quarta, não tenho tempo pra isso agora, deixa o fim de semana chegar.
Sem muita definição ou ceterza do que acontecia e sentia, ergui a cabeça e continuei. Acho que são sintomas de carência. Tenho necessitado excessivamente de abraços apertados e demorados, tenho necessitado me sentir cuidada, tenho necessitado de um colo, que ninguém dá. Me julgam forte demais. A garota que cuida, também precisa ser cuidada às vezes. Mas não me queixo de cuidar das pessoas. É o que mais me faz bem. Só queria ser cuidada de vez em quando, também.
É só cansaço. Domingo me revigoro. Só preciso organizar as coisas aqui dentro, ter longas horas de sono, abraços demorados e apertados, quem sabe alguém me dê.
Belíssimo texto, você escreve com maestria, com coração!
ResponderExcluirEstou te seguindo!
Grande abraço e sucesso!