"Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências:
desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem."
desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem."
Em um compasso como quem dança, jogou-se largada na cama. Os fones de ouvido no máximo. Buscava algum ruído, além dos própios pensamentos, que a atormentavam. A música dizia algo como "estou morrendo lentamente, não quero estar aqui, meu desejo agora, é partir..." Ela achou extremamente irônico, como se sentia exatamente daquela forma.
Tentou dormir, mas foi em vão. Tinha uma dor enorme. Uma sensação de sei-lá-o-que no peito. Já havia se tornado comum aquelas incógnitas em sua cabeça, e em seu coração. Se é que ainda havia um ali dentro. Caminhou até a janela, olhou para o mundo lá fora, e viu como era insignificante, como o mundo continuava ali, "normal", seguindo, enquanto ela, dentro de seu quarto, implorava por alguém, qualquer um, que viesse a "salvar".
Dirigiu-se até o banheiro, tomou um rápido banho e vestiu sua roupa preferida, como quem pretendia fazer algo especial. Mas em seu rosto as dúvidas eram evidentes, o medo percorria por todo seu corpo, nos pulsos, as marcas da dor, e as lágrimas nos olhos. Sentou-se na cama, escreveu algo em uma pequena folha amassada. E voltou até a janela, como quem possuía alguma esperança, de que alguém pudesse aparecer. Mas para a sua decepção não havia ninguém ali. E em um rápido movimento atirou-se dali. Assim, simplesmente.
Depois daquele dia, o mundo não seria o mesmo, perdeu a doce e única garota. Havia tanta coisa sobre ela que ainda não sabiam, havia tanto a ser descoberto e compartilhado, tanto ainda a acontecer, e a surpreender... Depois daquele dia, o sol passou a brilhar menos, e nem a lua era a mesma.
Em cima da cama, um último rabisco com letras miúdas da doce garota:
"Me desculpem, de verdade. Mas eu precisava encontrar minha paz, e minha felicidade de volta. Nunca soube fechar ciclos, sempre eram vírgulas e etcs, agora, enfim, pus um ponto-final. Estarei bem, eu prometo. Se cuidem."
E esse foi o fim da doce garota.
"Morrer não é difícil. Difícil é viver."
ME-NI-NA tu escreve muito, esse blog tem tudo pra fazer sucesso, gosto de textos como o seu *-* vou voltar mais vezes para ler mais por aqui :D
ResponderExcluirestou lhe seguindo e esperando pela sua visita no http://posdezesseis.blogspot.com/. Conto com você por lá aproveitando todas as novidades, no gadget Você Aqui *-*