Paradoxo sem fim. Em ti, em mim, em nós.
Ela queria estabilidade, mas vivia em constante mudança. Ele corria, como quem não pode parar, mas mantinha o olhar fixo, como quem não queria continuar.
Ela olhava fixamente, mas não (ha)via nada. Ele sem dizer muito, sem sair de casa, sem sair dela, deles.
Ela mudando de roupa, de canal, de vontades.Ele que não acreditava em Deus pediu por ela: Deus te projeta.
E Ele tem o feito.
Ela sempre tão corajosa, tem um medo, um em especial entre tantos outros: perder. Ele sempre tão seguro, pensou duas vezes.
E com toda complexidade e contradição, o rio continua seguindo seu curso. Sem demoras, sem pausas, sem esperas, sem mais nem menos, continua, seja como for, como estiver, continua, e eles seguem nesse barco. Por si, pelo outro, por eles, não importa a razão, eles ainda seguem.
Como silêncio e canção. Em um paradoxo sem fim.
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