segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Há um Conflito, um Nó

""Mas não consigo me deter. Embora não conheça o ponto onde devo chegar, é para lá que me dirijo cego, aos trancos"
 
Quero me livrar de tudo que for vazio de amor. E tudo que for cheio de amor também. Quero me livrar das emoções,e dos sentimento. Quero ser verdadeiramente uma pessoa fria, e racionalista, quero que os outros queiram se livrar de mim, e dessa forma fazer com que as coisas fiquem 'bem'. Para os outros, e talvez pra mim. Vai ser melhor assim. Uma partida repentina vai doer bem menos. Está tudo guardado sob o travesseiro. As quedas, os arranhões, as feridas, as dores... E a cada anoitecer, no silêncio da madrugada e na aflição da insônia, vem tudo à tona. A fragilidade se faz evidente. Ao amanhecer, arrumo a cama, e volto a guardar tudo debaixo do travesseiro novamente, "à noite nos vemos". Mas fique despreocupado amigo, não é sempre assim não, é só de vez em quando, quando a doce garota, que se faz de amarga - às vezes porque é necessário, outras porque a vida à obriga - tem dias ruins.
Um dia acordo com ar de Dom Quixote e me atrevo a partir.
E que seja doce, até o amargo dos dias ruins.

3 comentários:

  1. Que texto bonito e sincero. Gostei.

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  2. '' E a cada anoitecer, no silêncio da madrugada e na aflição da insônia, vem tudo à tona.''

    Exatamente, sem mais.

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