quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Fantasmas

Há pouco ouvia "Lover to lover" de Florence, aí pensei em te escrever. 
Sabe Luci, eu precisava de você agora, precisava de tanta coisa, tanta gente. E diferente da música, não está tudo bem, e eu não acredito tanto quanto antes.
Que irônica a vida em Luci, sempre manti minha figura de auto-suficiente, apresentando a justificativa de que eu não podia ser fraca quando havia quem precisasse de força. E agora? Não tem mais ninguém. Quando foi que me tornei assim tão só Luci? E enquanto te digo isso, tento me convencer que talvez não seja isso, que talvez seja a correria da vida. 
Ainda não cheguei no estágio de descrença total, de desacreditar em tudo, mas sinto isso tão perto que às vezes me pego dizendo a mim mesma "você não pode desacreditar na vida". 
Que esperança idiota essa, isso não ê falta de tempo, isso é falta de amor.
Mas no fim, a revolta passa e fica como estava.
Só.
E arrumando desculpas pelos outros como uma forma de manter o egocentrismo e sentir mais importante do que na realidade sou...

"Eu vou embora por enquanto, estou tentando achar um lugar. Alguém se importaria em classificar corações partidos e mentes confusas?"

E Luci, sabe aquela pergunta-sem-resposta, hoje, depois de um mês, não existe resposta clara ou objetiva, sou mais feliz que triste, mas nesse tempo, não me reconheço, parece que me roubaram de mim.
Não posso, nem quero. Não consigo mais viajar incessantemente, ecoando em círculos com fantasmas perdidos em volta. 
Preciso sair de mim.

Confusamente, 
                  Hannah

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